Até o ano de 2019, diversas nações experimentaram um período marcado por crescimento econômico, estabilidade política e avanços sociais. Uma porcentagem significativa da população desfrutava de um sentimento relativo de segurança, com economias em ascensão e amplas oportunidades de emprego. O comércio internacional prosperava e as inovações tecnológicas impulsionaram melhorias na qualidade de vida, enquanto a cooperação entre países foi amplamente incentivada. No entanto, nos últimos anos, o mundo passou por uma fase de transformações profundas, alterando a forma como vivemos e nos relacionamos.
Transformações
Nesse cenário de transformações, diversos fatores desempenharam papéis cruciais, sendo a pandemia global de 2020, desencadeada pela propagação do vírus-19, o evento mais impactante e definidor. Segundo o relatório anual de crise do ICM (Institute for Crisis Management) em parceria com a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) A covide19 foi a maior crise mundial deste século que desencadeou várias outras como consequência. Além disso o relatório ODS (Objetivo de Desenvolvimento sustentável) da ONU divulgada em julho 2022 mostra que a Crise global ameaça a sobrevivência da Humanidade.
As restrições sanitárias, os confinamentos e as mudanças nos padrões de consumo impactou diretamente nas dinâmicas econômicas e sociais em escala global. Além disso, eventos geopolíticos e ambientais, como crises diplomáticas e desastres naturais, também deixaram marcas profundas no panorama internacional, influenciando as relações entre as nações.”
Além dos relatórios do ICM e ODS da ONU citados anteriormente, até o grupo de cientistas nucleares Bulletin of the Atomic Scientists do “doomsday clock” também conhecido como “Relógio do Juízo Final”, que mede simbolicamente o fim dos tempos, em 24/01/2023 marcou a eminência de um apocalipse. Os ponteiros do relógio foram ajustados a 90 segundos do fim do mundo, sendo o mais perto que o relógio do juízo final já chegou da meia-noite desde sua criação, em 1947.
O “Relógio do Juízo Final”, conhecido como Doomsday Clock em inglês, é um símbolo metafórico que representa o quão próxima a humanidade está de uma catástrofe global, como uma guerra nuclear ou um desastre ambiental de grande escala. Ele foi criado em 1947 pelo Bulletin of the Atomic Scientists, um grupo de cientistas nucleares, para alertar sobre os perigos nucleares após o lançamento das bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki.
O Doomsday Clock é ajustado periodicamente pelos cientistas e serve como uma representação visual das ameaças que o mundo enfrenta. A posição dos ponteiros é determinada por uma avaliação global dos riscos envolvidos em questões como armamento nuclear, mudanças climáticas, tensões geopolíticas e ameaças cibernéticas, entre outros.
A decisão de mover os ponteiros do Relógio do Juízo Final é baseada em deliberações cuidadosas e na análise de tendências e eventos globais relevantes. Não há uma fórmula específica ou cálculo preciso para determinar a posição do relógio, pois a avaliação envolve uma consideração holística e subjetiva desses fatores.
As perturbações que assolam o mundo atualmente são uma combinação de fatores complexos e interconectados. Destacamos as sete prováveis causas para um colapso global.
7 prováveis causas para um colapso global.
1. COVID-19: O surto de um novo vírus altamente contagioso e desconhecido abalou os sistemas de saúde do mundo inteiro, estima-se que causou 15 milhões de mortes em todo o mundo. Segundo o relatório ODS da ONU. As medidas necessárias para conter a propagação do vírus, como lockdowns e restrições comerciais, criaram um impacto devastador nas economias globais. O desemprego aumentou, empresas fecharam e a produção diminuiu, causando instabilidade econômica a nível global.
2. Mudanças climáticas: Neste ponto específico, o relatório da ONU sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) alerta com o termo “Código Vermelho” que corresponde a “Eminencia de um Cataclisma”, as alterações climáticas têm o potencial de desencadear uma ampla gama de consequências em diversas áreas, afetando tanto o meio ambiente como a sociedade. Tais implicações podem variar conforme a região e a rapidez das mudanças climáticas. Algumas das estimativas gerais incluem:
- Aumento das Temperaturas: O aumento médio das temperaturas globais pode levar a ondas de calor mais intensas e frequentes, afetando a saúde humana, a agricultura e o ecossistema.
- Mudanças nos Padrões de Precipitação: As alterações climáticas podem causar mudanças nos padrões de chuva, levando a secas prolongadas em algumas áreas e chuvas mais intensas em outras, o que pode resultar em problemas de segurança alimentar e escassez de água.
- Derretimento das Calotas Polares e Gelo Glacial: O derretimento das calotas polares e geleiras pode levar ao aumento do nível do mar, ameaçando comunidades costeiras e causando inundações em áreas de baixa altitude.
- Aumento do Nível do Mar: O aumento do nível do mar pode inundar áreas costeiras, resultando na perda de terras e ecossistemas costeiros, bem como no deslocamento de populações.
- Extinção de Espécies: As alterações climáticas podem levar ao desaparecimento de muitas espécies de plantas e animais, pois seus habitats mudam ou se tornam inabitáveis.
- Impactos na Agricultura: Mudanças nos padrões de chuva e temperatura podem afetar a produção agrícola e a disponibilidade de alimentos, aumentando a insegurança alimentar.
- Aumento de Eventos Climáticos Extremos: O aquecimento global está associado ao aumento da frequência e intensidade de eventos climáticos extremos, como furacões, tempestades, enchentes e secas.
- Deslocamento de Populações: Com o aumento do nível do mar, secas e inundações, muitas comunidades podem ser forçadas a migrar para áreas mais seguras, resultando em deslocamento forçado e agravando a crise de refugiados.
- Impactos na Saúde: As mudanças climáticas podem afetar a saúde humana, aumentando a propagação de doenças transmitidas por vetores, como a malária, e agravando condições de saúde existentes, como problemas respiratórios devido à poluição do ar.
- Prejuízos Econômicos: As consequências das alterações climáticas podem ter impactos significativos na economia global, incluindo danos à infraestrutura, custos associados à adaptação e perda de produtividade em diversos setores.
3. Conflitos e guerras: O mundo vivencia um aumento significativo no número de conflitos armados, incluindo guerras civis, ataques terroristas e disputas territoriais, representando o maior cenário desde o período pós-Guerra de 1946. Esses conflitos ocorrem em diversas regiões, resultando em um enorme sofrimento humano e instabilidade política. Além disso, existe a preocupante possibilidade do uso de armas nucleares pela Rússia no conflito em curso com a Ucrânia, que se iniciou em 24 de fevereiro de 2022 e as constantes ameaças do ditador Kim Jong-um da Coreia do Norte aos Estados Unidos e a praticamente todos os países do ocidente o que poderia desencadear uma possível 3ª Guerra Mundial.
O recente golpe de estado pelos militares do Níger, que foi anunciado em julho de 2023, também tem contribuído para a crescente turbulência geopolítica e instabilidade em algumas áreas do mundo em especial no continente africano pelo longo histórico de conflitos e guerras civis que remontam a séculos.
4. Migração forçada: Milhões de pessoas estão sendo compelidas a abandonar suas casas em busca de segurança e sobrevivência. O fenômeno, que atinge proporções alarmantes, tem raízes em diversas razões que variam desde conflitos armados até mudanças climáticas.
O principal catalisador da migração forçada continua sendo os conflitos armados e perseguições políticas. Guerras civis e conflitos regionais têm devastado nações inteiras, levando ao deslocamento em massa de populações vulneráveis. Grupos extremistas, intolerância religiosa e regimes opressivos são responsáveis por forçar comunidades inteiras a fugir de seus lares, em busca de segurança em países vizinhos ou em campos de refugiados que se multiplica aos milhares.
Segundo o último relatório da (ACNUR), Agência das Nações Unidas para Refugiados publicado, estima-se cerca de 108,4 milhões de pessoas deslocadas à força em todo o mundo.
5. Crise econômica: A crise econômica geralmente é causada por uma combinação de fatores que interagem e se amplificam mutuamente, alguns países como o Brasil enfrenta uma Recessão Setorial como na indústria Automotiva que somente com a saída da Ford do país em 2021 perdeu aproximadamente 118.864 postos de trabalho diretos e indiretos em dados apontados pelo dieese. Ao mesmo passo o site Layoffs.fyi, publicou a lista de empresas que mais demitiram e a Google ocupa o ranking de demissões com 12 mil em todo o mundo, em segundo a Meta com 11 mil demissões, e em terceiro a Amazon e Microsoft com 10 mil cada.
Outros fatores que agravam a crise econômica é a crescente desigualdade econômica, já que uma parcela significativa da população pode enfrentar dificuldades financeiras e ter menos capacidade de consumo, além disso políticas econômicas têm um papel fundamental no funcionamento da economia de um país. Decisões equivocadas, como a implementação de altas taxas de juros, políticas fiscais inadequadas ou medidas protecionistas excessivas, podem impactar negativamente o crescimento econômico.
Por exemplo, altas taxas de juros podem desencorajar o investimento e o consumo, diminuindo o estímulo à economia. Em conjunto, esses fatores podem criar um ciclo negativo em uma economia, onde a desigualdade aumenta, reduzindo o poder de compra das famílias e levando a uma menor demanda por bens e serviços. As políticas econômicas inadequadas podem agravar essa situação, tornando mais difícil a recuperação econômica.
6. Ameaças cibernéticas: Na era da tecnologia avançada e conectividade global, a sociedade moderna se tornou altamente dependente da internet e dos dispositivos digitais. Porém, essa crescente interconexão também trouxe consigo um aumento significativo nas ameaças cibernéticas. Hoje em dia, enfrentamos uma série de desafios no mundo digital, com criminosos cibernéticos cada vez mais sofisticados e organizados.
Ransomware e Phishing são exemplos de ataques cibernéticos que visam o sequestro de dados e informações pessoais além disso com o avanço da IA, surgem novas preocupações em relação ao seu uso malicioso por hackers. A IA pode ser usada para automatizar ataques, criar deepfakes convincentes ou potencialmente quebrar sistemas de segurança tradicionais.
7. Instabilidade política: Diversos países enfrentam crises políticas, protestos populares e mudanças no poder, resultando frequentemente em conflitos internos. Um exemplo é a Venezuela, que continua sofrendo uma profunda crise econômica, política e social sob a liderança de Nicolás Maduro, apesar da pressão interna e externa para mudanças. A situação tem levado a uma migração em massa, com muitos venezuelanos buscando refúgio em países vizinhos para escapar da fome e da perseguição política.
- Sudão do Sul: Desde sua independência em 2011, o Sudão do Sul tem enfrentado uma prolongada guerra civil, com conflitos entre o governo e várias facções rebeldes. Grupos como o Exército de Libertação do Povo do Sudão em Oposição (SPLA-IO) e outras milícias desempenham papéis importantes no conflito.
- Somália: A Somália é afetada por conflitos e instabilidade política há décadas. Grupos insurgentes como o Al-Shabaab, ligados à Al-Qaeda, têm desafiado os esforços do governo para estabilizar o país. Além disso, a luta pelo poder entre vários grupos armados locais também contribui para a instabilidade.
- República Democrática do Congo (RDC): A RDC tem sido palco de conflitos armados e instabilidade política, muitas vezes ligada à exploração de recursos naturais e rivalidades étnicas. Grupos rebeldes como as Forças Democráticas para a Libertação do Ruanda (FDLR) e várias milícias locais têm sido atores importantes no cenário de conflito.
- Líbia: A Líbia passou por um período tumultuado de guerra civil após a revolução de 2011. Grupos armados rivais, como as Forças Armadas Nacionais Líbias (LNA) conquistadas pelo General Khalifa Haftar e as milícias instaladas pelo Governo do Acordo Nacional (GNA), têm competitivo pelo controle do país.
- Nigéria (especificamente na região nordeste): O grupo extremista Boko Haram tem sido uma fonte persistente de instabilidade na região nordeste da Nigéria. Além disso, grupos afiliados como o Estado Islâmico na África Ocidental (ISWAP) também são ativos na região.
- Etiópia (especificamente na região de Tigray): Recentemente, a Etiópia tem enfrentado conflitos na região de Tigray, com as Forças de Defesa de Tigray (TDF) e o Exército Nacional
Diante de tais adversidades em um mundo em constante mutação, as incertezas pairam sobre a humanidade como nuvens carregadas de perguntas sem respostas. O cenário global é marcado por desafios complexos, que vão desde as crises ambientais a instabilidade econômica até as ameaças à saúde pública e as tensões geopolíticas.
Esforços para combater as perturbações e incertezas que afetam o mundo
Diante desse panorama de incertezas, líderes, organizações e comunidades ao redor do globo têm buscado unir forças e recursos para enfrentar os obstáculos com determinação e inovação.
Dentre as medidas adotadas, destaca-se “os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável” da ONU que fazem parte de um apelo global à ação para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima além garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade e que aqui no Brasil fazem parte da Agenda 2030 no Brasil.
Agenda 2030
A Agenda 2030 da ONU é um plano global para atingirmos em 2030 um mundo melhor para todos os povos e nações. A Assembleia Geral das Nações Unidas, realizada em Nova York, em setembro de 2015, com a participação de 193 estados membros, estabeleceu 17 objetivos de desenvolvimento sustentável. O compromisso assumido pelos países com a agenda envolve a adoção de medidas ousadas, abrangentes e essenciais para promover o Estado de Direito, os direitos humanos e a responsabilidade das instituições políticas.
nesse contexto a Agenda 2030 é uma oportunidade para unir esforços nas políticas públicas visando um modelo de desenvolvimento mais solidário e inclusivo, com benefícios tanto para os cidadãos atuais como para as gerações futuras, pois os Líderes de 193 países, incluindo o Brasil, abraçaram o desafio de impulsionar medidas cruciais para resguardar os direitos humanos e proporcionar uma vida mais digna a milhões de pessoas em todo o mundo.
COP 27
A Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, também conhecida como COP 27, é um evento de importância global que reúne líderes de diversos países com o objetivo de discutir e encontrar soluções para os desafios relacionados ao meio ambiente e às alterações climáticas.
Como um esforço A COP 27 em sua 27ª reunião anual da Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC).” que acontece todos os anos desde 1995, realizada na cidade de Sharm El-Sheikh, no Egito foi marcada pela reafirmação e cumprimento dos compromissos e metas previamente estabelecidos sessões anteriores para a redução da emissão de gases do efeito estufa, visando impulsionar uma ação diante das mudanças climáticas.
Durante o evento, houve diversas discussões cruciais para a agenda climática, abordando temas como adaptação e resiliência, a necessidade de redução do desmatamento, a transição para fontes de energia mais limpas, a promoção de práticas sustentáveis no setor agrícola e o apoio aos países menos desenvolvidos.
A participação dos países signatários da UNFCCC, criada no contexto da ECO-92 e atualmente ratificada por 198 nações, foi essencial na COP 27.
O Brasil desempenhou um papel fundamental nas discussões da COP 27, assumindo uma posição de destaque no combate às mudanças climáticas e na preservação do meio ambiente, com especial ênfase na proteção da Amazônia.
Negociações de Paz
ONU têm mediado negociações de paz em várias partes do mundo:
- Iêmen:
- A ONU tem estado envolvida em esforços para mediar o conflito no Iêmen entre o governo reconhecido internacionalmente e os rebeldes Houthi, com o objetivo de alcançar uma solução política e um cessar-fogo duradouro.
- Síria:
- A ONU tem desempenhado um papel fundamental na tentativa de mediar o conflito complexo na Síria, trabalhando para trazer as partes em conflito à mesa de negociações e buscar uma resolução pacífica.
- Afeganistão:
- A ONU tem apoiado esforços para facilitar o diálogo entre o governo afegão e grupos insurgentes, incluindo os talibãs, em busca de uma solução duradoura para o conflito no país.
- Líbia:
- A ONU mediou negociações entre as facções rivais na Líbia, visando estabelecer um governo de unidade nacional e encerrar o conflito que assolou o país.
- Coreia do Norte:
- A ONU, embora não seja diretamente mediadora, tem apoiado os esforços diplomáticos entre os principais atores, como os Estados Unidos e a Coreia do Sul, para buscar uma resolução pacífica na Península Coreana.
- Colômbia:
- Embora o processo de paz na Colômbia tenha sido mediado principalmente pelo governo colombiano, a ONU desempenhou um papel de apoio crucial na implementação dos acordos de paz entre o governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).
Refugiados
A ONU através da ACNUR: sigla corresponde a “Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados” é uma agência da ONU dedicada a proteger e apoiar pessoas que foram forçadas a fugir devido a conflitos, perseguições, violência ou violações de direitos humanos. A organização trabalha para garantir que os refugiados recebam assistência, proteção e soluções duradouras para seu deslocamento.
Atualmente a ACNUR está atuando em Emergência na Armênia prestando assistência humanitária para milhares de refugiados que já fugiram para o país. A fronteira com o Azerbaijão é uma região marcada por décadas de conflitos
É possível acompanhar e até ajudar a ONU ACNUR através do site https://www.acnur.org/portugues/
Médico Sem Fronteiras
Médicos Sem Fronteiras, conhecida internacionalmente como Médecins Sans Frontières (MSF), é uma organização não governamental (ONG) humanitária fundada em 1971. Seu principal objetivo é prestar assistência médica de emergência a populações afetadas por crises humanitárias, como conflitos armados, epidemias, desastres naturais e exclusão de cuidados de saúde. A organização atua em mais de 70 países, fornecendo cuidados médicos e cirúrgicos, tratamento de doenças como HIV/AIDS e malária, apoio psicossocial, água potável e saneamento básico. MSF é conhecida por sua independência, neutralidade e imparcialidade, e muitas vezes opera em áreas de alto risco onde o acesso a cuidados de saúde é limitado.
Cruz Vermelha
A Cruz Vermelha também é uma organização humanitária global fundada em 1863, inicialmente por Henry Dunant. Ela é parte do Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, que inclui várias sociedades nacionais em todo o mundo. A missão da Cruz Vermelha é aliviar o sofrimento humano em situações de emergência, sem discriminação de nacionalidade, raça, religião ou posição política. A organização atua em diversas áreas, incluindo socorro em desastres naturais, assistência a vítimas de conflitos armados, promoção de saúde e prevenção de doenças, apoio a refugiados e migração, e educação em primeiros socorros. A Cruz Vermelha também desempenha um papel importante na disseminação do Direito Internacional Humanitário.
Mediação de Conflitos no continente africano
A União Africana (UA) foi fundada em 2002, ocupando o lugar da antiga Organização da Unidade Africana, esta última atuante desde 1963. Tem com objetivo prevenir conflitos na região e, ao mesmo tempo, promover o desenvolvimento do continente, a UA busca principalmente acelerar o processo de integração dos países africanos. A organização possui diversos órgãos para atuação em diferentes áreas e conta com a presença de todos os 55 países africanos.
Nos últimos anos, a atuação da União Africana (UA) tem sido marcada por esforços significativos em várias áreas como Mediação e Resolução de Conflitos incluindo a recente Golpe de Estado no Níger, Integração Econômica e Desenvolvimento, Observação de Eleições, Enfrentamento de Desastres e Emergências, Concentração em Questões Ambientais.
No entanto, é importante ressaltar que a eficácia da UA em abordar esses desafios varia de acordo com as circunstâncias específicas de cada país e região. A UA enfrenta desafios em termos de recursos, coordenação e implementação eficaz das suas iniciativas. O sucesso contínuo da UA dependerá do compromisso dos países membros e da capacidade de superar os obstáculos que surgem no caminho da paz, estabilidade e desenvolvimento na África.
O apoio à democracia no mundo
Assim como o continente africano possui a União Africana, a União europeia possui o Parlamento Europeu, uma iniciativa que busca promover e fortalecer os valores democráticos nos países que fazem parte da União Europeia, bem como em países vizinhos e em todo o mundo. Esta iniciativa é um componente central da política externa da UE e reflete o compromisso do bloco com a promoção da democracia, direitos humanos e Estado de Direito.
Principais componentes do Apoio à Democracia pela União Europeia incluem:
- Desenvolvimento Institucional
- Promoção dos Direitos Humanos
- Observação de Eleições
- Sociedade Civil e Participação Cívica
- Mídia Livre e Plural
- Promoção da Boa Governação
- Fortalecimento do Estado de Direito
Essa iniciativa reflete o compromisso da União Europeia em promover valores democráticos e direitos fundamentais não apenas dentro das fronteiras da UE, mas também em nível global. A UE busca colaborar com parceiros internacionais para promover uma ordem internacional baseada em valores democráticos, respeito pelos direitos humanos e Estado de Direito.
Estas ações representam esforços coordenados para lidar com os desafios contemporâneos, demonstrando um compromisso global em promover mudanças positivas e enfrentar crises globais. No atual contexto global, é notável o empenho de diversas organizações, instituições e países na busca por soluções diante dos desafios que se apresentam. A Agenda 2030 da ONU representa um compromisso global para promover direitos humanos e o Estado de Direito. Além disso, a realização da COP 27 reforça a determinação em enfrentar questões ambientais e as mudanças climáticas. A mediação ativa da ONU em conflitos ao redor do mundo demonstra a busca por resoluções pacíficas em meio a contextos complexos. Organizações como a ACNUR, Médicos Sem Fronteiras e Cruz Vermelha atuam incansavelmente na proteção e assistência a populações em situações de crise. Ademais, a União Africana intensifica esforços na mediação de conflitos, enquanto a União Europeia promove valores democráticos e direitos fundamentais. Estes esforços coletivos refletem um compromisso global em promover mudanças significativas e enfrentar desafios que impactam o mundo contemporâneo.
E o que nós enquanto cidadãos podemos fazer?
Como cidadãos, temos um papel crucial em contribuir para um mundo melhor e mais estável. Podemos começar por estar informados sobre questões globais, pois a conscientização é o primeiro passo para entender os desafios que enfrentamos. Participar em iniciativas locais como projetos de sustentabilidade ambiental ou redução da desigualdade social são maneiras tangíveis de fazer a diferença em nossa comunidade. No entanto, não podemos ignorar a importância de nossa responsabilidade política. É fundamental eleger representantes que verdadeiramente trabalhem a favor do povo e não contra ele. Devemos pressionar nossos líderes políticos para que adotem políticas que promovam a paz, a justiça social e a proteção do meio ambiente. A educação contínua sobre esses temas e o engajamento em debates construtivos também são formas importantes de contribuir para um futuro mais promissor. Ao exercermos nosso direito ao voto de maneira consciente e responsável, estamos contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e equitativa.
E não menos importante, mas crucial, é reconhecer o papel fundamental que cada um de nós desempenha na construção de um mundo melhor. Como cidadãos, somos chamados a agir com empatia, a compreender as mudanças que ocorrem ao nosso redor e a cultivar um espírito de amor e generosidade para com o próximo. Isso requer fazer um exame de consciência, avaliando nossas ações e atitudes diárias, buscando sempre maneiras de contribuir positivamente para a sociedade. Exemplos simples, como não estacionar em vagas de deficientes ou ceder o lugar no ônibus para uma gestante ou idoso, mesmo não sendo o assento preferencial, demonstram como pequenas ações podem fazer toda a diferença. Dessa forma, a lei seria apenas o reflexo de nossa vontade e não a obrigação de fazer. Ao adotarmos uma postura menos egoísta e mais solidária, podemos verdadeiramente fazer a diferença, tornando o mundo um lugar mais justo, inclusivo e acolhedor para todos. Que possamos, juntos, caminhar rumo a um futuro mais brilhante, onde o respeito, a compaixão e a cooperação sejam os alicerces de nossa convivência.